Ouço o som das ondas lamentando
Sinto a areia entrando entre os dedos..
E socorro!
Ta silencioso, não ouço nada
Piso no taco, to em casa
Um vulto preto passando pela porta...
E socorro!
Angústia agoniza, perfura escalpos
Grito. A voz ta presa
Presa pelo meu conhecido, meu medo
Meu compadre insolente
Medo que me toma e me dilacera
Vozes alheias em minha cabeça
Vulto preto segurando um punhal
Me corrói por dentro laços e sutura terrores
To preso
Me marca e me convida
Me leva pra depressão, me carnificina
Me carniça
| A ponta do punhal pendura o corpo pálido
O vulto segurando uma faca atrás de mim
Fecho os olhos
Respiro e calma. Só calma
Calma, Vitor...
Calma
Tudo vai acabar certo...
Vitor!
Calma, agora! Tudo sob controle...
Sem problemas. Sem problema!
Calma... Respira... Isso...
Calma!
Calma, porra!
Calma!
| grito de desespero incubado
E socorro
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