quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Caminhando Por Alguns Lugares Lúdicos

Ta escuro, não vejo nada
Ouço o som das ondas lamentando
Sinto a areia entrando entre os dedos..
E socorro!

Ta silencioso, não ouço nada

Piso no taco, to em casa
Um vulto preto passando pela porta...
E socorro!

Angústia agoniza, perfura escalpos

Grito. A voz ta presa
Presa pelo meu conhecido, meu medo
Meu compadre insolente

Medo que me toma e me dilacera

Vozes alheias em minha cabeça
Vulto preto segurando um punhal
Me corrói por dentro laços e sutura terrores

To preso

Me marca e me convida
Me leva pra depressão, me carnificina
Me carniça
                                                          | A ponta do punhal pendura o corpo pálido
O vulto segurando uma faca atrás de mim
Fecho os olhos
Respiro e calma. Só calma
Calma, Vitor...
Calma
Tudo vai acabar certo...
Vitor!
Calma, agora! Tudo sob controle...
Sem problemas. Sem problema!
Calma... Respira... Isso...
Calma! 
Calma, porra!
Calma!
                                                           | grito de desespero incubado

E socorro


Nenhum comentário:

Postar um comentário