sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Torre de Babi e a Busca Infindável

     Se fosse uma caça ao tesouro talvez tivesse até ganho. Mas, ao saborear o prêmio da vitória, perceberia que o tesouro encontraria-se mais profundo. A superfície só escondia o brilho dos diamantes e sua dureza. Os espinhos viam-se por fora, tocava e, vez ou outra, até faziam sangrar. A auréola via-se também pelo externo, mas era por dentro que a compreenderia melhor; descobrir o sabor é fácil, complicado é compreender o que já se juntou nessa mistura homogênea da índole. O verdadeiro engano está em acreditar que a conquistou nos olhos e nas palavras. De uma certa forma, é, sim, verdade. Mas, para descobrir mesmo a verdade atrás do olhar e da expressividade, devemos caçar o coração.
    Ao encontrá-lo protegido por seio e costelas, envolva-o em suas mãos sentindo os batimentos cardiolíricos. Devemos escolher, primeiro, um ponto de partida, e será a sístole. A ejeção do sangue do coração para as artérias - o cardio se contrai e expulsa todo o líquido para o corpo consumir. Talvez se meu beijo conciso tivesse um aspecto mais feminino... - Contrai-se para retirar o que encontra em seu coração, e esse sou eu, em minha forma viril. Provavelmente expulso para os ouvidos.
     Tem seus 2 pontos.
     Após meu sumiço em seus espaços mais estreitos e cilíndricos, encontro-a em seu deleite, seu relaxamento. Sinto-a abrindo-se para o que há de chegar já, e esse sou eu. Eu em minha forma mais delicada, bela e sensual. A diástole começa. O coração abre e relaxa. Deixa todo esse sangue com gosto bom penetrar e preencher todo seu coração. O problema é minha forma rústica sucumbir grande parte da afeminada, para ela. A minha busca pela relíquia pulsante, então, encontra-se nos meus olhos e na minha eloquência. Gostaria que fosse, também, é no tesão. 
     Gratuitamente, a mente tem conexão direta com os pontos, ainda mais por ser a responsável por qual vem qual, agora. Será de extrema importância.

     Começarei pela ponta para chegar ao meio - seja esse talvez o âmago.

     Para minha mulher das mulheres.


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